
Animais em risco de extinção
Lobo-Guará
O lobo-guará é um animal de hábitos noturnos, solitário e pouco agressivo que era originalmente encontrado desde do norte da Argentina até o limite com a Amazônia, mas que atualmente está restrito a regiões geograficamente isoladas ou protegidas localizadas no cerrado brasileiro, como por exemplo os Parques Florestais da Faber-Castell, em Minas Gerais, e em algumas regiões da Argentina, Paraguai e Bolívia. O risco de extinção do lobo-guará existe devido à expansão das áreas de agricultura e pecuária nas regiões do cerrado brasileiro habitadas pela espécie, o que causou a deterioração da fauna e flora nativas, além de provocar queimadas e disseminar a caça predatória. Apesar do nome, o lobo-guará possui mandíbulas fracas e se alimenta de pequenos animais, como roedores e pássaros, frutas silvestres e algumas plantas.
Foto: José Carlos Motta Jr.
Lobo-Guará
Assemelha-se a uma raposa por possuir pernas longas para facilitar a locomoção e a visualização das presas na grama alta do cerrado. O animal adulto pesa cerca de 25Kg, vive aproximadamente 13 anos e prefere permanecer em regiões pouco habitadas. Para garantir a sobrevivência deste animal em seus parques, a Faber-Castell preserva e recupera áreas de mata nativa degradadas ao longo dos rios em suas áreas de reserva florestal legal.
A Faber-Castell apoiou uma pesquisa realizada pelo Instituto de Biociências do Departamento de Ecologia Geral da USP com o objetivo de monitorar o comportamento alimentar do lobo-guará, verificando a variação de sua dieta de acordo com as estações climáticas seca e chuvosa. A pesquisa durou cerca de dois anos, de 1998 até 2000. Os resultados foram divulgados no V Congresso de Ecologia do Brasil realizado em Porto Alegre em novembro de 2001 e no IX Congresso Ibero-americano de Biodiversidad y Zoología de Vertebrados, realizado na Argentina, em abril de 2000, com o apoio da Faber-Castell.
Lista dos animais ameaçados de extinção
A lista da fauna brasileira ameaçada de extinção divulgada em maio de 2003 apresenta 386 espécies ameaçadas de extinção, 2 extintas na natureza e 7 extintas não incluindo os invertebrados aquáticos e peixes, cujos números ainda não foram divulgados pelo IBAMA. Fazendo um comparativo com os números do levantamento anterior, divulgado em dezembro de 2002, pode-se observar que o número de animais extintos na natureza e extintos se mantiveram os mesmos, o que também ocorreu com os mamíferos, répteis, anfíbios e insetos ameaçados de extinção. Infelizmente, apenas o número de invertebrados terrestres cresceu assustadoramente, passando de 21 para 30 animais em risco de extinção. O número de aves ameaçadas também cresceu, mas em escala bem menor, de 153 para 156 animais. No levantamento publicado em 1989, estavam ameaçadas 218 espécies, não incluindo peixes e invertebrados. Segundo os pesquisadores, a falta de conhecimento científico na época, impediu que se levantasse o real número de espécies ameaçadas, que provavelmente era maior que o divulgado.
As principais ameaças à sobrevivência dos animais brasileiros são a caça predatória, as queimadas e os desmatamentos. A lista orienta ONGs, governo e pesquisadores na proteção para elaboração de programas para a proteção da fauna brasileira e será homologada pelo IBAMA.